“Fazer cinema na diagonal” – Retrospetiva de Paul Vecchiali
De 4 a 28 Fevereiro 2025
A Cinemateca regressa a Paul Vecchiali em fevereiro, oito anos após a retrospetiva que o cineasta acompanhou a par e passo em Lisboa, para apresentar os últimos títulos da sua filmografia, assinados entre 2017 e 2023. O núcleo final da obra de um vulto não alinhado do cinema francês é apresentado em diálogo com uma mostra do trabalho dos anos 1970 e 80 da Diagonale, a produtora em que reuniu um grupo de cineastas, técnicos e atores tornados cúmplices da máxima “Viver no cinema ‘em diagonal’”. Foi à Diagonale que Serge Bozon se referiu como “a última escola importante do cinema francês pós Nouvelle Vague”.
Verdadeiro cineasta independente e cinéfilo como poucos (como comprovam os seus escritos), Vecchiali foi ao longo de 62 anos de percurso e mais de meia centena de títulos alguém que sempre procurou reinventar o seu cinema, os géneros que abordou, do melodrama ao policial, ou ao fantástico, seguindo uma única regra: “não há regra!”. Retomando a retrospetiva que foi apresentada em 2017 pela Cinemateca, organizada em colaboração com o IndieLisboa, a presente iniciativa inclui três dos seus filmes produzidos na Diagonale: La Machine (1977), Maladie (1978) e Wonder Boy – De sueur et de sang (1993, não exibido na retrospetiva de 2017).
A retrospetiva inclui ainda uma preciosidade, que faz raccord com a retrospetiva dedicada a Jean-Claude Biette em curso: uma sessão de curtas-metragens raras de Biette realizadas na passagem dos anos 1960-70, entre as quais Eccho ho letto, com Isabel Ruth num dos seus primeiros papéis.