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Alkantara Festival 2020

Dança, teatro e performances
  Evento passado
De 13 a 29 Novembro 2020

O Alkantara Festival é um festival internacional de dança, teatro, performances e encontros na cidade de Lisboa. Propõe espetáculos e projetos que experimentam formatos, no cruzamento com diferentes práticas artísticas e de conhecimento. No programa do festival participam artistas, de diversas proveniências, que dialogam com questões urgentes nas sociedades contemporâneas.

O Festival, que conta com o apoio do Institut français du Portugal, é uma ocasião imperdível de descobrir uma programação única de obras de artistas emergentes e que mudam as linhas, na qual as produções e coproduções francesas têm um lugar central.

 

 

L’Homme Rare de Nadia Beugré

Dias 26 e 27 de novembro às 19h – Teatro Nacional Dona Maria II, Sala Garret.

Em L’Homme rare [O Homem raro], Nadia Beugré explora o constrangimento que surge quando os homens se movem de formas que são percecionadas como “femininas”. Encarando com frontalidade questões de género e de raça, Beugré dirige uma coreografia marcante que desafia a forma como olhamos os corpos.

Nadia Beugré (Abidjan, 1981) dá os seus primeiros passos na dança na companhia Dante Théâtre em Abidjan, onde explora as danças tradicionais da Costa do Marfim. Em 1997, é fundadora, com Béatrice Kombé, da premiada companhia de dança Tché Tché. Estuda coreografia na École des Sables de Germaine Acogny (Senegal) e no Centro Coreográfico de Montpellier, com direção de Mathilde Monnier. Neste período cria os solos Un espace Vide: Moi (2008) e Quartiers Libres (2009). Seguem-se as criações para grupo Legacy (2015), Tapis Rouge (2017) e Roukasskass Club (2018), apresentadas, entre outros, no Festival d’Automne em Paris ou no Holland Festival em Amesterdão. Enquanto intérprete, colabora com Seydou Boro, Alain Buffard, Dorothée Munyaneza, Boris Charmatz, Bernardo Montet e Faustin Linyekula. É artista associada do Vooruit (Gent) até 2021.

 

 

Glottis de Flora Détraz

Dia 29 de novembro às 11h e Dia 30 de novembro às 19h – Centro Cultural de Belém (CCB)

Três figuras entregam-se a práticas misteriosas. Numa espécie de concerto dançado, perturbadoramente parecido a uma profecia fantástica, conversam com forças invisíveis. Mergulho onírico nos meandros da magia e do inconsciente, Glottis faz a apologia do oculto.

Flora Détraz é formada em ballet e estúdios literários. Integrou o curso de dança dirigido por Maguy Marin no CCNR, Lyon, e participou no programa de pesquisa e criação coreográfica do Forum Dança em Lisboa. Durante o seu percurso, encontra-se com artistas que a marcam, como Vera Mantero, Meredith Monk, Meg Stuart e Jonathan Burrows, entre outras pessoas. Enquanto performer, colabora com Marlene Monteiro Freitas, Miguel Pereira, Laurent Cèbe e Sara Anjo.

Começou a desenvolver uma pesquisa específica sobre a relação entre voz e movimento.  Criou Peuplements (2013), Gesächt (2014), Tutuguri (2016) e Muyte Maker, que estreou no Alkantara Festival em 2018.

 

 

Farci.e de Sorour Darabi

Dias 19 e 20 de novembro às 19h e Dia 21 de novembro às 11h – TBA no Lux.

Em farsi, a língua persa, não existe distinção entre ‘ela’ e ‘ele’. Em francês, como em português, tudo é ou masculino ou feminino. Para Sorour Darabi, artista e performer que se mudou do Irão para França para estudar dança, o desafio foi gritante. Como pode uma pessoa que não se identifica com um único género falar sobre identidade numa língua que obriga constantemente à separação entre masculino e feminino?

Sorour Darabi é artista autodidata do Irão. Vive e trabalha entre Paris e Berlim. Antes de se mudar para França, Darabi era ativista e membro da associação ICCD que organiza o Untimely Festival em Teerão onde atuou várias vezes. Em 2016, na sequência dos seus estudos em Coreografia no Centro Coreográfico Nacional de Montpelier, Darabi cria Farci.e. Em 2018 cria Savušun, que se inspira nas cerimónias de luto de Muharram, relacionando-se com a dor, o medo e o sofrimento. A sua próxima criação, Mowgli, é coproduzida pelo Alkantara e estreará no Tanzquartier (Viena) em dezembro. A produção dos seus projetos é assumida pela Météores.

Espectáculo ao vivo Francês