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A Noite das Ideias – Lisboa

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17 Setembro 2023 (17:00)

A Noite das Ideias em Lisboa faz parte do programa da

BoCA – Biennial of Contemporary Arts,

dia 17 de setembro na Culturgest

 

Experimentar os limites, atingir o excesso

 

A Noite das Ideias, que se realizará em Lisboa no dia 17 de setembro, na Culturgest, associa-se a uma conferência-performance do filósofo trans Paul B. Preciado, “Eu sou o monstro que vos fala”, integrado no programa da BoCA – Biennial of Contemporary Arts. As questões levantadas por este espetáculo convidam a uma reflexão sobre fenómenos contemporâneos de proliferação, como é o caso do género, ou determinados por uma lógica do excesso, como é o caso da aceleração e velocidade. Ambos, género e aceleração, nas suas manifestações atuais, integram-se na regra da hipertelia, isto é, na lógica que consiste em ir para além dos seus próprios fins. E ambos são fortemente marcadas pelo “Mais?” – pela regime da proliferação e da intensificação –  que, modalizado como interrogação, é a proposta temática geral da Noite das Ideias.

  • 17h-19hEu sou o monstro que vos fala – Performance de Paul B. Preciado (Grande Auditório – GA)
  • 19h-20hO Sabor da Noite – Instalação culinária de NaMesa (Foyer Superior)
  • 20h-21h – O género: plural, escandalosamente plural (GA)
    • Mesa-redonda com Sinziana Ravini, P. Feijó e Cláudia Varejão. Em discussão nesta mesa-redonda está o sinal + (ou não fosse ele uma eloquente tradução do “Mais?” que preside tematicamente a toda esta edição da Noite das Ideias) que aparece no fim da sigla LGBTQI+, que tem sido sujeita a uma progressiva ampliação. Esta força expansiva do género que o leva em direção de territórios por nomear faz dele uma potência sempre apta a perturbar limites e fronteiras, a mostrar-se ostensivamente e, desse modo, a causar escândalo.
  • 21h-22h – Pausa.
  • 22h-23h30A grande escalada da aceleração e da velocidade (Pequeno Auditório)
    • O elogio da lentidão – projeção de três curtas-metragens da coleção do Centre National des Arts Plastiques. The Working Life (Superflex, 2013), Déjà vu (Hallu) (Michel François, 2003), Provisory Object 02 e A is hotter than B (Edith Dekyndt, 2000 e 2005).

Desde os seus primórdios, a história do cinema incluiu obras que elogiam a lentidão, destacando materiais e ritmos em vez de acções.  O cinema experimental a-cinema, em particular, fez do espaço fílmico o próprio espaço de exposição das coisas, da figura humana, no modo do enigma da lentidão e da duração, inventando uma terceira via cinematográfica, entre o documentário e a ficção. Aqui, as obras elegidas trabalham a lentidão, os ritmos corporais, os gestos lentos do trabalho improdutivo, fazendo também uma apologia sediciosa do ócio.

    • Mesa-redonda com Laurent de Sutter, Jérôme Lèbre e Carla Baptista. A aceleração, o aumento progressivo da velocidade, é uma regra de todos os aspectos da economia, da política e da sociedade em geral. Impondo-se como irreversível, a lei da aceleração só prevê o seu contrário, a desaceleração, sob a forma de um desastre colossal. Mas do ponto de vista de quem vê a irreversibilidade da aceleração como o maior desastre, a desaceleração é uma hipótese salvífica. Daí, a pertinência, hoje, de discutir a aceleração e a velocidade como fenómenos hipertélicos por excelência, sem esquecer o programa de um Manifesto Aceleracionista, que surgiu em Inglaterra em 2013.

 

Em parceria com a revista ELECTRA.

As mesas redondas serão moderadas por António Guerreiro.

 

Os oradores

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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