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A Noite das Ideias – Porto

No Porto, a Noite das Ideias terá lugar no Pátio do Museu da História Natural e da Ciência da Universidade do Porto, dia 23 de setembro à partir das 19h

 

A cidade real e as suas representações 

 

A cidade do Porto é rica de auto-representações imaginárias, frequentemente fixadas na literatura. Mesmo no plano da vida urbana quotidiana, esta é uma cidade onde os escritores (e muito particularmente os poetas) tinham um lugar bem visível no espaço público. É precisamente esta dimensão poética que faz parte da tradição da cidade, exacerbada nas suas auto-representações e nas suas fantasmagorias, que constitui o motivo gerador do programa da Noite das Ideias, no Porto. Também aqui tomamos a hipertelia como figura de evocação: hipertélica é esta cidade imaginária produtora de mitologias que actuam sobre a cidade real. Ora é precisamente esta ideia de uma cidade literariamente enriquecida (isto é, fazendo da literatura um factor de enriquecimento, no sentido em que se fala, por exemplo, do urânio enriquecido) que serviu de orientação para o programa da Noite das Ideias, no Porto.

  • 19h-20h – A arte de construir a cidade
    • Mesa-redonda com Jean-Christophe Cavallin, Rui Manuel Amaral, e Ruedi Baur.

O Porto, como é sabido, é a capital portuguesa da arquitectura. Mas a riqueza arquitectónica da sua paisagem urbana não esgota os valores artísticos que ela acolhe: a literatura e o cinema são fundamentais nas construções imaginárias da cidade. Nesta mesa-redonda discutir-se-á precisamente o modo como esta cidade, como muitas outras, se constrói e reconstrói através de formações artísticas, sejam elas a arquitectura ou a literatura, o design ou a música. O Porto, como todasas cidades históricas e também aquelas que não são apenas aglomerados populacionais, tem um inconsciente artístico que emerge como sintoma. Esse inconsciente estará aqui em análise.

  • 20h-20h15 – Lançamento da revista de poesia PÁ – Poesia & Outras Artes 
  • 20h15-21h15 – Cocktail
  • 21h15-23hPoesia, utopia, desencanto
    • Abertura performativa de Christophe Fiat
    • Conversa entre Christophe Fiat, Regina Guimarães, Rui Manuel Amaral, e o coletivo de poesia [cargo] (Louis Dorsène e Maxime Viande).

A literatura, tanto a poesía como a narrativa, tem a partir da modernidade uma relação muito estreita com a cidade. É maioritariamente a cidade que fornece a matéria da literatura. Mas, ao mesmo tempo, o ritmo urbano, a racionalidade técnica e o pragmatismo da vida moderna submeteram a literatura, com particular incidência na poesia, a uma certa forma de “desencantamento”. A poesia é vista muitas vezes, no nossos tempo, como uma coisa do passado. Ou, no pólo oposto, é vista como um reduto não completamente secularizado e com um grande potencial utópico. Nesta mesa-redonda estará em discussão a experiência poética, nas várias formas que ela tem de se manifestar, no nosso tempo.

    • Performance do coletivo de poesia [cargo]
    • Performance poética de Ana Deus e Marta Abreu

 

Em parceria com a revista ELECTRA.

As mesas redondas serão moderadas por António Guerreiro.

 

Entrada livre, no limite dos lugares disponíveis. Inscrição necessária.

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Os oradores

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

 

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