Debate em torno do livro “Le temps qui reste” de Patrick Boucheron

EM PRESENÇA DE PATRICK BOUCHERON NUMA CONVERSA COM LUÍS MIGUEL DUARTE, VIRGÍLIO BORGES PEREIRA E JOSÉ ALBERTO LEMOS

Historiador medievalista que se interessa pelas articulações entre exercício do poder e produção do saber, Patrick Boucheron é igualmente sensível às interrogações sobre o tempo, as temporalidades, os regimes de historicidade e a construção dos discursos memoriais e históricos nacionais.

Em Le temps qui reste, convida-nos a que nos interroguemos sobre a natureza do tempo em que vivemos. Aventura-se a interrogar os riscos com os quais somos hoje confrontados, das alterações climáticas aos nacionalismos étnicos, passando pelo populismo autoritário. Ao modo de Walter Benjamin, inquieta-se com o tempo que resta, ao mesmo tempo que nos convida a construir e a imaginar incessantemente as novas utopias concretas para vivermos plenamente o resto do tempo. Um livro político e reflexivo forte que convida os historiadores a usarem as suas ferramentas conceptuais para abrirem um novo horizonte dos possíveis que tende progressivamente a encolher.

Uma defesa da emancipação que leva em conta as nossas vulnerabilidades e a mudança histórica impressionante que estamos neste momento a viver.